Durante nossos trabalhos do domingo ,dia 31/10/2010 nos fechamos em nossa sala De conversa com duas pessoas familiares.
A filha de 16 anos , e a mãe de 40 anos. A filha amamentava uma criança no momento.
As duas de semblante triste ,cabisbaixo com resquícios de magoa. Vivem em um casa Com 13 pessoas das quais 7 são usuários de drogas.
Sabedor que o suicídio já ocorreu na família e a mãe já o experimentou sem sucesso inúmeras vezes tentamos um dialogo que as remover de tal idéia.
Para atazanar nossas idéias a filha apresentou idéias homicidas com relação a um membro da família devido o sofrimento com as drogas.
A conversa já ia pelos seus 40 minutos e nos sentíamos impotentes para o convencimento de uma vida de paz , harmonia e não de morte.
Quando se perde a esperança, se descrê de DEUS ,o sofrimento é forte o argumento para A vida é refratário.
A filha citava que precisava de 01 pote De leite ninho para a filha por semana. A mãe recebia pequena cesta doada pela nossa instituição no mês.
Na falta de convencimento e com meu atraso espiritual ,acreditem ou não, ao invés de manter o silencio tão recomendado quando nada de melhor se tem a falar soltei o verbo:
----- para que quer mantimento se buscas o suicídio? Para que o leite Ninho se a cadeia irá deixar sua filha a míngua?
Após o silencio de todos confesso que chorei por dentro , dei um forte abraço , encerramos A conversa desejando que nada disso ocorresse.
Lembrei de Jesus . Imaginei sua dor ao falar para quem não queria ouvir.
Não cabe aqui Comparativo , apenas imaginava a tarefa inglória de falar há 2000 anos para uma platéia Materialista, corrupta, Bárbara .
O leitor pode meditar sofre minhas indagações?
Se não soubesse da evolução do Cristo , se não tivesse aprendido (aprendido sim) que ele era “um homem de bem” que tinha uma “visão de futuro” sofreria mais pela sua Dor.
Ou será que até hoje ele sofre , chora por nossos erros , nossos ouvidos surdos , nossos olhos que vendo não vêem?
E antes que me coloquem adjetivos bons e belos me coloco na fila
Comprida dos surdos e cegos. Apenas uma ressalva: apenas esforço(e pouco ainda) para poder ver e ouvir.
